Quando você espera o acontecimento chegar e quando ele chega, BOOM, ele se vai e não vai sozinho, não claro que não.
Ele leva de você toda a sua lucidez, todos os seus pensamentos bons, tudo o que você achava que seria o perfeito:
- Quero ir embora!
- Hã? Como assim? Já?
- Já, é que eu decidi ir embora.
- Hã? Como assim? Já?
- Já, é que eu decidi ir embora.
Ahhh meu velho carma voltando, só pode ser carma. Carma, cama, que combinação mais perfeita, não na vida de qualquer um, mas na minha sim, e como sim.
E o acontecimento se foi, e a lucidez foi atrás, pegando uma carona. E ai?? E agora?? Onde estão todos aqueles planos, sonhos...? É assim que você quer construir algo??
Acontece que o porto seguro está lá, há algum tempo já. Mas precisa-se cuidar dele, das ferrugens que insistem em aparecer, da lâmpada do farol que insiste em queimar etc. Preci-sa cuidar muito, muito mesmo.
Eu quero fechar um acordo para comigo de cuidar do porto, quero mesmo, sempre quis, mas por que o vento sempre insiste em tentar destruir o pobre porto?? Esse porto seguro vai estar lá, sempre te esperando quando você está perdido, está sempre disposto a te ajudar a achar o seu caminho, e tudo o mais que só um marujo desesperado ao mar pode saber. Mas ai vem o vento, ahhh o vento. Com sua silhueta invisível, que te arrasta, como serei arrasta pescador, com seus assobios ao pé do ouvido, te leva igual folha de amendoeira.
E depois, você se pergunta: Se eu me agarrase mais forte um pouco no farol do meu porto, esse vento não iria me levar. Ou iria??
E depois, você se pergunta: Se eu me agarrase mais forte um pouco no farol do meu porto, esse vento não iria me levar. Ou iria??
Tudo depende de quão forte é o vento que tá soprando
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