“Eu vivi uma vida sem arrependimentos” disse eu a minha neta
Christine, ela me olhou da porta do quarto, apagou a luz e me desejou boa
noite. A escuridão tomou conta do ambiente, a única coisa visível são os
números vermelhos do relógio digital na minha cabeceira, que nesse momento
marcam dez e vinte, foi um dia tão cansativo que estou me dando ao luxo de ir
dormir essa hora.
Eu fecho os meus olhos e enxergo o paraíso, estou no controle
do sonho, vejo as belezas do Monte
Fitzroy e a mais bela vista que eu poderia ter, o rosto de Suzane ao meu
lado...minha Suzane, meu amor...e por alguma razão, não estou mais controlando
nada e perco a noção da realidade por mais irreal que possa parecer, a ciência
diz que é impossível viajar no tempo, eu discordo totalmente disso, minha mente
é minha máquina do tempo, eu começo a sonhar memórias maravilhosas com Suzane,
se eu pudesse me ver dormindo, diria que estou sorrindo agora. Então, minha
máquina do tempo me leva para uma última viagem, até aquele barzinho perto da
faculdade, onde todo mundo se reúne para aquela social, eu já havia observado
ela e seus cabelos ruivos a muito tempo, mas nunca tive coragem de dizer um “oi”,
por que a máquina me trouxe aqui? Por que esse foi o dia do “oi”.
Meu despertador não toca, sou acordado pelo doce som da voz de
minha filha, Daiana, então olho para ela, e vendo a felicidade no meu rosto ela
me pergunta o por que daquele sorriso, eu simplesmente digo:
- Eu vivi uma vida sem arrependimentos.
Curti. 😉
ResponderExcluirCurti. 😉
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